terça-feira, 6 de outubro de 2009

O carma tecido pelo homem

"O homem tece o seu Destino do berço ao túmulo, ao redor de si mesmo, fio por fio, e esse Destino é dirigido, ou pela voz celeste exterior a nós, ou pelo nosso mais íntimo astral ou homem interno. Ambos influenciam o homem externo, mas um deles tem que prevalecer; e desde o princípio desse conflito invisível, a austera e implacável Lei de Compensação intervém, e segue o seu curso, acompanhando lance por lance as flutuações da luta. Quando o último fio se acha tecido, e o homem se deixou enredar na malha de seus próprios atos, vê-se ele sob o império absoluto desse Destino, que ele mesmo elaborou. Este então o imobiliza qual concha inerte presa ao firme rochedo, ou o arrasta, como uma pena, no torvelinho levantado por suas próprias ações; Se nenhum homem prejudicasse o seu semelhante, o Carma não teria motivo para intervir nem armas com que executar o seu ofício. Com as nossas próprias mãos traçamos diariamente o curso sinuoso dos nossos destinos, crendo estar seguindo em linha reta no caminho real da respeitabilidade e do dever, e nos queixamos depois de que sejam tão sombrias e inextricáveis essas curvas sinuosas. Em verdade, não há um acidente em nossa vida, não há um dia mau ou uma desgraça, cuja causa não possa ser encontrada em nossas próprias ações, nesta ou em outra existência. Se alguém infringe as leis da harmonia, ou as "leis da vida", deve estar preparado para cair no caos que ele mesmo produziu. O Carma outra coisa não é senão o efeito espiritual dinâmico de causas produzidas e forças postas em ação pelas nossas próprias obras. O homem é o seu próprio salvador e o seu próprio destruidor. Ele não precisa acusar o Céu e os Deuses, o Destino e a Providencia, de serem os autores da aparente injustiça que impera na Humanidade. O único Decreto eterno e imutável do Carma é a Harmonia completa no mundo da Matéria, como é no Mundo do Espírito, Não é, portanto, o Carma que pune ou recompensa, mas somos nós mesmos que nos recompensamos ou punimos, segundo trabalhamos com a Natureza, pela Natureza e de acordo com a Natureza, obedecendo-lhe às leis de que depende essa Harmonia ou transgredindo-as". (Helena Blavatsky)

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prazmar

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